Manaus (AM) ─ Por maioria dos votos, os vereadores da Câmara Municipal de Boba (distante 210 quilômetros de Manaus) aceitaram, nessa segunda-feira (18/09), a denúncia da eleitora Jéssica Caroline Góes contra o vice-prefeito José Pedro Graça (PSD) por infração política administrativa relacionada a Secretaria de Educação daquela cidade.
Votaram pelo pedido de cassação do mandato do vice-prefeito os vereadores Pedro Paz Vieira (MDB), Geremias da Cruz (Republicanos), Rodrigo Pantoja (PL) e Tadeu Linhares (PV). Eles acataram o relatório do vereador Edilson Batista (PP), mesmo partido do atual prefeito Simão Peixoto, que foi preso pela Polícia Federal e reconduzido ao cargo por decisão da Justiça.
A abertura do processo é visto por alguns parlamentares de Borba como uma retaliação contra o vice-prefeito, que assumiu o Executivo municipal no período em que Simão Peixoto esteve afastado e preso em Manaus.
A vereadora Enfermeira Tatiana (PTB) apontou contradição na denúncia e questionou a votação a favor do processo contra José Pedro. Ela argumentou, em voto vencido, que a própria denunciante já havia dito que a situação era de emergência.
A denúncia ─ Na denúncia aceita pelos vereadores, José Pedro é acusado de dispensar licitação no valor de R$ 1.070.265,00 para aquisição de combustível junto à empresa MRP de Almeida de propriedade de Márcio Rodrigo Palheta de Almeida, marido da sobrinha do atual prefeito Simão Peixoto, identificada como Gleisemone Graça de Souza.
A partir de agora, a Câmara de Borba vai ter que confirmar, no prazo de 90 dias, os supostos crimes político-administrativos previstos nos incisos 7, 8 ,10, do artigo 4º do Decreto de Lei 201/67, e artigo 9, inciso 1º da C/C; artigo 10º, inciso 8, 11, 12; artigo 11º, inciso 4 e 5 da Lei 8249/92 (improbidade administrativa).
Da Redação