Amazonas Energia ignora audiência pública para explicar sobre medidores

Novo sistema é alvo de protestos e indignação de moradores 

 

Manaus (AM) ─ O diretor-técnico da Amazonas Energia, Rodrigo Moreira, não compareceu, nesta quinta-feira (16/03), à audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) para esclarecer a instalação do Sistema de Medicação Centralizada (SMC), que é alvo de protestos em todos os bairros de Manaus.

 

De acordo com o deputado Sinésio Campos (PT), autor do requerimento de convocação do representante da empresa, aprovado pela Casa Legislativa, a concessionária ignorou a reunião, e se limitou a encaminhar aos deputados apenas um ofício com informações sobre a implantação dos novos equipamentos, conhecidos como “medidores aéreos”.

 

O parlamentar, que presidiu a CPI da Amazonas Energia no ano passado, disse que o convite ao diretor da empresa foi motivado pelas denúncias de moradores de diversos bairros da capital de que a empresa estaria instalando o SMC contra a vontade da população, e sem a devida notificação prévia para a realização do serviço.

 

Sinésio Campos afirmou que o ofício da concessionária apresenta informações inverídicas. “Na nota da Amazonas Energia tiveram muitas inverdades. A primeira é que o investimento de mudança de postes e medidores não estaria sendo repassado para os consumidores, fato esse desmentido pelo Sr. Luiz, um consumidor que veio e foi à tribuna”, afirmou o parlamentar.

 

Lideranças de diversos bairros, como Japiim, Dom Pedro e Planalto, estiveram na galeria da Aleam para protestar contra a instalação dos “medidores aéreos”. Um deles, Luiz Codech, do Movimento em Defesa do Povo, a Amazonas Energia, disse que a empresa comete irregularidades durante a instalação dos medidores, inclusive colocando a segurança do consumidor em risco.

 

─ Como Ouvidor da Casa e presidente da Comissão de Minas e Energia, recebo centenas de denúncias de abuso de autoridade, de desmando da empresa, de desrespeito. Estamos anexando essas denúncias que chegaram, que não batem com a nota que essa empresa encaminhou, e queremos que a Câmara de Vereadores de Manaus, que aprovou o código de postura de Manaus e o plano diretor, IMPLURB e os órgãos municipais também se manifestem, porque eles também podem”, concluiu Campos.

 

Da Redação

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