Abrahão Lasmar diz que decisão da Justiça é “um absurda” e vai recorrer; ouça os áudios  

O ex-prefeito de Santo Antônio do Içá contou que não expulsou nenhuma família da área e que terreno não é Terra Indígena ─ FOTO: Reprodução  

 

Manaus (AM) ─ Em entrevista por mensagem de aplicativo ao portal amazonas365 nesta sexta-feira (19/09), após tomar conhecimento da decisão da Justiça Federal de embargar a obra de um porto particular em Santo Antônio do Içá, o ex-prefeito do município, Abrahão Magalhães Lasmar classificou a medida como “absurda” e que vai recorrer.

De acordo com o político, a área foi comprada de um comerciante americano e, na época, não existiam moradias, “apenas um barranco imenso”. “A gente fica indignado com tudo isso que acontece. Comprei esse terreno de um americano, no bairro do São José, e havia sete famílias que moravam do lado, e me procuraram para vender os lotes deles”, justificou.

Abrahão Lasmar, que governou Santo Antônio do Içá no período de 2013 a 2020, negou que tenha expulsado famílias do loca e afirmou que deu um terreno para cada uma das famílias em outro local da cidade, construiu casas e os moradores deixaram a área adquirida “por livre e espontânea vontade”.

─ O terreno fica limite com a base da Polícia Federal. Nada de Terra Indígena. Essa terra não é Terra Indígena. Ai deu esse problema todo. E do jeito que eles embargaram o terreno ta lá -, explicou o ex-prefeito.

Ouça os áudios de Abrahão Lasmar:

As obras do porto foram embargadas pela Justiça Federal em Tabatinga acatando um pedido do Ministério Público Federal (MPF), sob a justificativa do terreno pertencer a Terra Indígena São Gabriel/São Salvador, localizada no município de Santo Antônio do Içá.

A Justiça considerou que a construção avança sem cumprir as exigências legais de proteção a povos originários e ao meio ambiente.

Da Redação

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