Homem executado aponta para novo caso de “tribunal do crime” no bairro Matinha

A Polícia Civil trabalha como principal investigação a execução por membros de facção rival ─ FOTO: Reprodução

 

Manaus (AM) – A noite desta quinta-feira (19/06) foi marcada por mais um episódio de violência brutal em Manaus, com características que levantam fortes suspeitas de uma execução orquestrada por facções criminosas que dominam o tráfico de drogas no Amazonas.

Bruno Martins Barreto, de 34 anos, foi morto com sete tiros por volta das 22h, na rua Airão, no bairro Presidente Vargas, conhecido como Matinha, na zona Sul da capital. A precisão e a frieza do crime remetem ao padrão de “tribunal do crime” que tem aterrorizado a população.

De acordo com informações preliminares, dois homens armados chegaram ao local em um veículo não identificado, desceram e abriram fogo contra Bruno Martins, que morreu no local, sem chance de defesa.

A perícia técnica encontrou cápsulas de munições calibres 9mm e .40, indicando o uso de armamento de grosso calibre, um modus operandi comum em acertos de contas ligados ao crime organizado.

Embora ainda não haja confirmação oficial sobre o envolvimento de Bruno Martins com facções, a forma como o crime foi cometido – com alta letalidade, precisão e a fuga rápida dos atiradores – é um forte indício de que se trata de uma execução sumária, típica das sentenças proferidas por grupos criminosos.

Este caso se soma a uma crescente lista de execuções com características semelhantes registradas em Manaus nos últimos meses, intensificando a preocupação com a atuação e o domínio territorial de facções.

Os crimes, muitas vezes ligados à disputa por pontos de venda de drogas ou a punições internas de organizações criminosas, têm se tornado uma triste rotina na capital amazonense.

O corpo da vítima foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML), e a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) assumiu as investigações.

A polícia solicita a colaboração da população, pedindo que qualquer informação que possa auxiliar nas investigações seja repassada de forma anônima pelo disque-denúncia 181.

Da Redação

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