
Manaus (AM) – O assalto violento a uma farmácia da rede Drogasil na noite desta quinta-feira (05/06), em plena avenida Tefé, no bairro Cachoeirinha, zona Sul, é o mais recente e alarmante capítulo de uma onda de insegurança que tem se espalhado por Manaus.
O crime, no qual funcionários e clientes foram feitos reféns por criminosos armados, não é um fato isolado, mas um sintoma da crescente audácia de grupos criminosos que agem em diferentes pontos da cidade, atacando desde comércios movimentados até patrimônio público.
A ação na farmácia foi rápida e aterrorizante. Os assaltantes renderam todos no local, trancaram funcionários nos fundos da loja e subtraíram cerca de R$ 3 mil do caixa, além de pertences pessoais. A fuga em um Ford Ka branco evidencia a sensação de impunidade que paira sobre a capital.
Este evento se conecta diretamente a outros crimes recentes que demonstram um padrão de vulnerabilidade. Na zona Norte, a obra de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Novo Israel, zona Norte, foi alvo de ladrões, que levaram materiais de construção, um crime que afeta diretamente um serviço essencial destinado à população.
Na zona Leste, um caminhão com carregamento de cigarros foi interceptado e roubado, expondo a fragilidade na segurança da logística e do transporte de mercadorias. Juntos, esses incidentes nas zonas Sul, Norte e Leste pintam um quadro preocupante de uma criminalidade que não se restringe a uma área e atinge cidadãos, comércios e o próprio Estado.
Insegurança continua ─ Essa escalada de insegurança ocorre em um cenário crítico, motivado pela percepção de uma falta de investimento adequado na segurança pública. Nos bastidores e em denúncias que se tornam públicas, ganha força a informação sobre uma dívida milionária do governo estadual com empresas responsáveis pelo aluguel e manutenção de viaturas das polícias.
A consequência direta é uma potencial redução da frota circulando nas ruas, o que impacta o tempo de resposta, o patrulhamento ostensivo e, consequentemente, a capacidade de prevenção e repressão ao crime.
No caso da farmácia Drogasil, a Polícia Militar foi acionada e orientou o registro da ocorrência. A Polícia Civil do Amazonas agora investiga o caso e analisa imagens de câmeras de segurança para identificar os suspeitos. As autoridades reforçam o apelo para que a população colabore com informações através do disque-denúncia 181.
Contudo, enquanto a investigação deste assalto específico segue seu curso, a população de Manaus permanece refém do medo. A questão que fica não é apenas sobre a captura dos responsáveis pelo crime na avenida Tefé, mas sobre a estratégia e os recursos disponíveis para frear essa onda de violência que, dia após dia, rouba a tranquilidade dos manauaras em seus locais de trabalho, de consumo e até nos espaços destinados ao cuidado com a saúde.
Da Redação