Brasília (DF) ─ A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19/11) a Operação Contragolpe e desarticulou organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado para impedir a posse e assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice, Geraldo Alkmin (PSB), em dezembro de 2022.
O plano, de acordo com a PF, também incluía a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, toda a sua segurança e até os próprios integrantes do plano golpistas para cumprir a missão.
O primeiro a ser preso foi o general da reserva Mário Fernandes, secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro. Recentemente, ele atuou como assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde do governo do ex-capitão.
A PF investiga as mensagens que Fernandes enviou ao ex-comandante do Exército, general Freire Gomes. O militar foi alvo de mandado de busca e apreensão durante a Operação Tempos Veritatis, realizada em fevereiro deste ano.
Nas mensagens, Fernandes cobra adesão ao plano golpista no final do governo Bolsonaro. O general da reserva é citado pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o coronel Mauro Cid, como um dos militares mais inclinados à promoção de um golpe militar no País após as eleições de 2022.
No caso de Alexandre de Moraes, por exemplo, a PF apreendeu provas que deixam claras, que o grupo estava disposto a matar o ministro do STF envenenado, e um plano de sequestro.
A operação Contra Golpe também prendeu o major Rafael Martins de Oliveira. Ele é acusado de ter negociado com Mauro Cid o pagamento de R$ 100 mil para cobrir os custos da ida de manifestantes para Brasília ─ que culminou no 8 de Janeiro de 2023.
Outro militar preso foi o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, ex-comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus.
Os outros dois presos são o major Rodrigo Bezerra de Azevedo e o policial federal Wladimir Matos Soares. Hélio Ferreira e Rodrigo Azevedo estavam atuando para uma missão de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para a segurança dos chefes de Estado que estão no Rio de Janeiro para a reunião de cúpula do G20.
Eles foram presos no Comando Militar do Leste, na capital fluminense.
Da Redação com informações da assessoria de imprensa e site CartaCapital