Polícia Federal prende grupo de militares bolsonaristas que planejou matar Lula, Alkmin e Moraes  

 General da reserva Mário Fernandes foi o primeiro a ser preso durante operação da Polícia Federal ─ FOTO: Internet 

 

Brasília (DF) ─ A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19/11) a Operação Contragolpe e desarticulou organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado para impedir a posse e assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice, Geraldo Alkmin (PSB), em dezembro de 2022.

 

O plano, de acordo com a PF, também incluía a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, toda a sua segurança e até os próprios integrantes do plano golpistas para cumprir a missão.

 

O primeiro a ser preso foi o general da reserva Mário Fernandes, secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro. Recentemente, ele atuou como assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde do governo do ex-capitão.

Fernandes e Bolsonaro no Comando de Operações Especiais em 2019 ─ FOTO: Isac Nóbrega/PR

 

A PF investiga as mensagens que Fernandes enviou ao ex-comandante do Exército, general Freire Gomes. O militar foi alvo de mandado de busca e apreensão durante a Operação Tempos Veritatis, realizada em fevereiro deste ano.

 

Nas mensagens, Fernandes cobra adesão ao plano golpista no final do governo Bolsonaro. O general da reserva é citado pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o coronel Mauro Cid, como um dos militares mais inclinados à promoção de um golpe militar no País após as eleições de 2022.

 

No caso de Alexandre de Moraes, por exemplo, a PF apreendeu provas que deixam claras, que o grupo estava disposto a matar o ministro do STF envenenado, e um plano de sequestro.

 

A operação Contra Golpe também prendeu o major Rafael Martins de Oliveira. Ele é acusado de ter negociado com Mauro Cid o pagamento de R$ 100 mil para cobrir os custos da ida de manifestantes para Brasília ─ que culminou no 8 de Janeiro de 2023.

 

Outro militar preso foi o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, ex-comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus.

 

Os outros dois presos são o major Rodrigo Bezerra de Azevedo e o policial federal Wladimir Matos Soares. Hélio Ferreira e Rodrigo Azevedo estavam atuando para uma missão de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para a segurança dos chefes de Estado que estão no Rio de Janeiro para a reunião de cúpula do G20.

 

Eles foram presos no Comando Militar do Leste, na capital fluminense.

 

 

Da Redação com informações da assessoria de imprensa e site CartaCapital

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