Irregularidades no processo eleitoral da ABENC precisam ser investigadas  

 José Nildo estaria descumprindo o Estatuto Social da entidade ─ FOTO: Internet 

 

Manaus (AM) ─ A Associação Brasileira de Engenheiros Civis (ABENC), sob a presidência do engenheiro civil José Nildo, também proprietário da Art Pedras, está envolta em um mar de controvérsias relacionadas ao processo eleitoral marcado para acontecer nesta terça-feira (1º/10). Denúncias de irregularidades levantam sérias questões sobre a legitimidade do pleito e a transparência das eleições.

 

Um dos pontos mais críticos refere-se à publicação do Edital de Convocação para a Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizada apenas em 13 de setembro. De acordo com o artigo 43 do Estatuto Social da ABENC, a convocação deve ser feita com um prazo mínimo de 21 dias antes da eleição. Com a eleição marcada para 1º de outubro, essa exigência não foi cumprida.

 

Além disso, o mesmo artigo estabelece que as inscrições para as chapas deveriam ser recebidas até 23 de setembro. No entanto, a publicidade e a coleta de assinaturas para o Regulamento Eleitoral só foram finalizadas em 19 de setembro, muito após o início das inscrições, colocando em dúvida a conformidade com os procedimentos estabelecidos.

 

Outro aspecto alarmante é a ausência da lista de chapas concorrentes, que deveria ter sido divulgada conforme preconiza o estatuto da associação. Essa falta de informação é considerada uma grave violação dos direitos dos associados, que merecem conhecer os candidatos que estarão disputando o comando da ABENC.

 

Além disso, um aumento desproporcional no número de associados aptos a votar chama a atenção. O número de sócios registrados passou de 348 para 631 em um curto espaço de tempo. Esse crescimento abrupto levanta suspeitas sobre a regularidade das novas adesões, com muitos acreditando que essas ações visam favorecer a chapa 1, que conta com o apoio do atual presidente José Nildo.

 

Essas irregularidades, que incluem não apenas a violação de prazos e a falta de transparência, mas também a manipulação do número de associados, têm gerado um clima de desconfiança entre os membros da ABENC. A situação exige uma investigação minuciosa para garantir que os princípios democráticos sejam respeitados e que todos os associados tenham seus direitos assegurados.

 

A ABENC, uma entidade fundamental para a categoria dos engenheiros civis, não pode se dar ao luxo de deixar que seu processo eleitoral seja manchado por práticas questionáveis. O futuro da associação e a confiança de seus membros estão em risco, e a necessidade de um pleito justo e transparente é mais urgente do que nunca.

 

 

Da Redação

 

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