Manaus (AM) ─ Rebeca Andrade conquistou neste sábado (03/08) a sua terceira medalha nos Jogos Olímpicos de Paris, a prata na final do salto. Simone Biles ficou com o ouro, depois de acertar os dois saltos mais complexos do torneio. Sem ter como ultrapassá-la, a brasileira não apresentou seu novo salto, mas foi perfeita nos que está acostumada a fazer e sobrou na segunda colocação.
Biles ganhou com 15,300. Rebeca levou a prata com 14,966 e as duas melhores execuções da final. O bronze foi para Jade Carey, dos EUA, com 14,466, meio ponto atrás da brasileira, que ficou mais perto do melhor de Biles do que da segunda melhor mortal.
A medalha é a quinta da carreira de Rebeca, que com isso iguala Torben Grael e Robert Scheidt em número de conquistas, ainda que com carreira bastante distinta dos velejadores, dadas as peculiaridades de cada esporte.
Em Paris, ela já havia ido ao pódio com o bronze por equipes, na terça, e com a prata no individual geral, na quinta, quando também teve um duelo direto contra Biles, que depois revelou que nunca havia se sentido tão pressionada como agora é por Rebeca.
A brasileira defendia o título olímpico conquistado em Tóquio, quando a norte-americana sentiu-se perdida em um salto na final por equipes e não voltou ao torneio, por receio que os “twisties” colocassem sua saúde em risco. Rebeca é também a atual campeã mundial, tendo vencido Biles no retorno dela às grandes competições, no Mundial do ano passado.
A prova ─ A competição, como não poderia ser diferente, foi um duelo direto entre Biles e Rebeca. As duas apresentaram os saltos com maior nota de dificuldade e, para as demais chegarem a notas próximas às delas com saltos mais simples, só com execuções perfeitas.
Como nem Valentina Georgieva (Bulgária), nem Chang Ok-An (Coreia do Norte), nem Shallon Olsen (Canadá) conseguiram, Biles pulou pra a ponta com enorme folga quando foi a quarta a se apresentar. E mesmo se as outras tivessem acertado.
A norte-americana, que havia errado o Biles II no aquecimento, caindo de costas, desta vez chegou inteira no salto que leva o nome dela e que vale 6,4 de nota de partida. Recebeu uma justa nota 15,700. Na sequência, ainda acertou também o Cheng, que parte de 5,6. Nota 14,900.
Com a média de 15,300 era praticamente impossível ser superada, tanto que Rebeca nem tentou. A brasileira tinha na manga o Yurchenko triplo twist (YTT), que tem nota de pertida 6,0, mas precisava de uma nota de execução praticamente inalcançável, ainda mais sem testá-lo antes no ginásio.
Preferiu garantir a prata. Fez primeiro um bom Cheng, cravadíssimo, de nota 15,100 — a mesma da final do individual geral. Depois, acertou mais uma vez seu Amanar, desta vez com um passinho para o lado. Tirou 14,833, chegou à média de 14,966 e botou as duas mãos na prata.
Com informações do site UOL