
Manaus (AM) – A disputa entre o deputado federal Silas Câmara (Republicanos) e sua ex-esposa, a também deputada federal Antônia Lúcia, ganhou um capítulo judicial drástico. O juiz José Renier da Silva Guimarães determinou que a parlamentar pare imediatamente de utilizar o nome de Silas em publicações e se mantenha, inclusive, fisicamente longe do ex-marido.
A relação entre os deputados Silas Câmara e Antônia Lúcia, que por anos formaram um dos casais mais influentes da política evangélica no Norte, degradou-se em uma série de conflitos públicos após o divórcio.
O processo judicial atual é uma tentativa de Silas de proteger sua imagem diante de sucessivas postagens feitas pela ex-esposa.
Antônia Lúcia vinha utilizando redes sociais para compartilhar detalhes da vida privada do casal, mencionando dinâmicas familiares e fatos domésticos.
A deputada fez referências a supostas traições, procedimentos estéticos, questões de saúde e até uso de substâncias por parte de Silas.
Ambos são parlamentares e correligionários, o que tornou a “lavagem de roupa suja” digital um problema que extrapolou a vida privada, atingindo a imagem institucional e política.
Proibição de ataques e “exposeds” ─ O magistrado proibiu a deputada de citar o nome, usar a imagem ou fazer qualquer referência que identifique Silas em redes sociais, entrevistas ou aplicativos de mensagens quando o contexto envolver a vida íntima e o divórcio. Ela deve se abster de reproduzir ou comentar qualquer aspecto da honra e vida privada do autor.
Antônia Lúcia recebeu o prazo de 24 horas para apagar todos os vídeos, reels, stories e postagens já veiculados que exponham a intimidade do deputado.
A Justiça impôs uma barreira física e virtual entre os dois:
Contato zero: Proibição de chamadas, mensagens de texto ou e-mails. A comunicação agora só é permitida via advogados.
Afastamento físico: O juiz determinou que a deputada mantenha uma distância mínima de 500 metros de Silas em eventos públicos ou privados, especialmente em solenidades organizadas por ele, para evitar hostilidades e constrangimentos.
Multas pesadíssimas ─ Para garantir o cumprimento da ordem, a Justiça estabeleceu punições financeiras:
- R$ 50 mil de multa para cada violação das obrigações impostas.
- R$ 100 mil em caso de reiteração (repetição) das ofensas ou descumprimento do afastamento.
As plataformas Meta (Instagram/Facebook) e Google também foram notificadas para remover os conteúdos em até 48 horas. Até o momento, a deputada Antônia Lúcia não se pronunciou oficialmente sobre a decisão.
Da Redação







