Polícia prende em Manaus executores de líder de facção morto em SC  

Os três suspeitos viajaram do Amazonas para Florianópolis exclusivamente para assassinar "Xuruca do Japiim" ─ FOTO: Reprodução

 

Manaus (AM) – Em uma ação coordenada e de alta inteligência, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), em conjunto com a Polícia Civil de Santa Catarina, deflagrou nesta terça-feira (16/12) a Operação Orion.

A ofensiva resultou na prisão de três homens naturais de Manaus, apontados como os executores de Alexandre Araújo Brandão, o “Xuruca do Japiim”, de 33 anos.

Alexandre, apontado pelas autoridades como uma das principais lideranças do Comando Vermelho (CV) no Amazonas e membro do “Conselho Permanente” da facção, foi assassinado no dia 10 de outubro de 2025, no bairro Campeche, em Florianópolis (SC).

O crime causou indignação pela frieza dos executores: “Xuruca” foi alvejado enquanto carregava o próprio filho, um bebê de apenas 1 ano e 8 meses, nos braços. A criança também foi atingida pelos disparos durante o ataque.

Veja o vídeo:

Destaques da Operação Orion ─ As investigações integradas revelaram um plano meticuloso para eliminar a liderança criminosa:

Pistoleiros de aluguel: Os três presos saíram de Manaus com o objetivo único de cometer o assassinato em solo catarinense.

Logística e planejamento: O grupo realizou o levantamento da rotina da vítima, escolheu o local do ataque e contou com apoio logístico para a fuga imediata após o crime.

Intercâmbio policial: A prisão foi possível após o cruzamento de dados e o deslocamento de investigadores da DEHS até Santa Catarina, monitorando o retorno dos suspeitos ao Amazonas.

Histórico de violência e poder ─ “Xuruca” possuía uma extensa ficha criminal e já havia sobrevivido a outros ataques. Em julho de 2025, ele sofreu um atentado no bairro Japiim, em Manaus, onde teve seu veículo de luxo (uma Land Rover Discovery) metralhado, sendo atingido apenas nas pernas.

Na esfera federal, Alexandre era alvo de investigações da Polícia Federal (PF) por:

  • Tráfico internacional de drogas e armas;
  • Lavagem de dinheiro;
  • Conexão entre as facções do Amazonas e do Rio de Janeiro.

O delegado Sávio Pinzon (PF) já havia destacado que o indivíduo respondia a mais de 12 processos criminais, incluindo homicídios e violência doméstica. Mesmo com passagens pelo sistema prisional, ele mantinha influência no alto escalão da organização criminosa até ser localizado pelos rivais em Florianópolis.

Da Redação, com informações da assessoria de imprensa

 

 

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