
Manaus (AM) – Após mais de dois meses de custódia, o vereador Rosinaldo Bual (Agir) obteve a liberdade nesta segunda-feira (15/12). A decisão, proferida pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), substitui a prisão preventiva por medidas cautelares rigorosas, mantendo o parlamentar afastado de suas funções legislativas na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
Bual foi preso no dia 3 de outubro de 2025, em uma operação que investiga um suposto esquema de corrupção dentro de seu gabinete. As investigações apontam para a prática de:
“Rachadinha”: Desvio de parte dos salários de assessores nomeados pelo parlamentar.
Agiotagem: Exploração de empréstimos a juros abusivos, supostamente utilizando a estrutura da Câmara para as transações.
Na ocasião da prisão, a repercussão política foi imediata, gerando pressão sobre a Comissão de Ética da CMM e desgaste para a base partidária do vereador.
Medidas restritivas, tornozeleira e afastamento ─ A soltura de Rosinaldo Bual não significa o retorno à normalidade política. Para garantir a instrução do processo e evitar a interferência em provas ou testemunhas, a Justiça determinou:
Uso de tornozeleira eletrônica: O vereador será monitorado 24 horas por dia pelo sistema de segurança pública.
Afastamento do cargo: Bual permanece oficialmente afastado de suas funções como vereador.
Proibição de acesso à CMM: Ele está impedido de frequentar as dependências da Câmara Municipal e de manter contato com os servidores lotados em seu gabinete.
Reflexo político ─ A decisão do TJAM ocorre em um momento de alta tensão na política manauara, onde o uso de verbas de gabinete tem sido alvo de fiscalização rigorosa por órgãos de controle e pela sociedade civil.
O afastamento de Bual altera o quórum e a dinâmica de votações na Casa, enquanto o partido Agir aguarda o desenrolar jurídico para definir o futuro da vaga.
A defesa do parlamentar nega as acusações e sustenta que a soltura é o primeiro passo para provar a inocência do vereador ao longo do processo.
Da Redação







