
Brasília (DF) ─ O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta sexta-feira (21/11) a prisão preventiva do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). A decisão foi tomada após a Polícia Federal (PF) levantar fortes suspeitas de que o parlamentar, condenado na ação da trama golpista, deixou o Brasil de forma clandestina e estaria em Miami, nos Estados Unidos.
O mandado de prisão expedido por Moraes se baseia no risco de fuga, já que Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), havia sido proibido de deixar o país por ordem do próprio Supremo.
Ramagem foi condenado a 16 anos, um mês e 15 dias de prisão por crimes como organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. A suposta fuga agravou sua situação judicial
O deputado, mesmo proibido de sair do território nacional, não comunicou a Câmara dos Deputados sobre o deslocamento internacional, e não há registro de autorização oficial para a viagem.
Fontes da investigação indicam que Ramagem pode ter usado uma rota clandestina, cruzando a fronteira por um país vizinho — possivelmente via Roraima em direção à Guiana ou Venezuela — para driblar o controle migratório e chegar aos EUA.
A Câmara informou que Ramagem havia apresentado atestados médicos que o afastariam das atividades parlamentares entre setembro e dezembro, mas ele foi visto participando de votações, inclusive presencialmente, durante o período coberto pelos documentos.
Diante do risco concreto de o parlamentar evitar o cumprimento da pena, o PSOL havia protocolado um pedido de prisão preventiva. Caso Ramagem não seja encontrado pelas autoridades no Brasil, ele será considerado foragido.
Da Redação







