Manaus (AM) ─ O governador Wilson Lima (UB), candidato à reeleição pela coligação “Aqui é trabalho”, fugiu da sabatina marcada para acontecer na noite desta terça-feira, 18/10, no portal g1amazonas depois de deixar de responder diversas perguntas na série de entrevistas com candidatos ao Governo do Amazonas realizada pela TV Amazonas no jornal do Amazonas 2ª Edição.
Na sua participação ao vivo, Lima não respondeu diversas perguntas da apresentadora do JAM2, jornalista Luana Borba, principalmente às que se referiam sobre gastos de mais de R$ 320 milhões com a segurança pública para combate a criminalidade, e, na maioria dos bairros a polícia é impedira de entrar por integrantes de facções criminosas.
Outro tema foi a denúncias feita pelo seu adversário, senador Eduardo Braga (MDB), em relação a construção de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no interior. Na sua participação no JAM2 segunda-feira, 17, o senador do MDB afirmou que as unidades que o governador diz ter entregue nos municípios de Tabatinga, Parintins e Tefé, não são consideradas centros especializados, mas sim Unidades de Cuidados Intensivos (UCIs).
O governador também ficou visivelmente incomodado com questionamentos sobre as prisões dos secretários Saúde, Marcelus Campelo, Simone Papaiz e Rodrigo Tobias, durante a operação Sangria da Polícia Federal. A ação investiga suspeita de superfaturamento na compra de ventiladores pulmonares para vítimas de Covid-19 em loja de vinho e no hospital de campanha Nilton Lins.
A apresentadora se referiu, ainda, a um quarto assessor do primeiro escalão da gestão Wilson Lima, o secretário executivo de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (Seai/SSP), delegado Samir Freire, preso pela PF na operação Garimpo Urbano. A ação investiga a utilização de ferramentas da polícia no crime de desvio ilegal de ouro no Amazonas.
Para todas as perguntas, no entanto, o governador Wilson Lima não teve respostas e se limitou a dizer, no caso do investimento na segurança pública, foram bastante robustos. Atualmente o Amazonas é o segundo estado em números de mortes violentas no Brasil e Manaus é a 32º capital do mundo em violência urbana.
Em relação às prisões de seus assessores diretos, Wilson Lima disse que “todo o seu secretariado foi escolhido por meio de critérios técnicos” e quem cometeu crimes estão respondendo na Justiça. No ano passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), por unanimidade, tornou réu o governador e mais 14 secretários, empresários e servidores da pasta da saúde por suspeita de corrupção e peculato.
Da Redação