Manaus (AM) ─ Hospitais e prontos-socorros de Manaus continuam, todos os dias, lotados com pacientes sendo atendimentos ou internados nos corredores das unidades de saúde, mesmo com mais de R$ 322 “liberados” em convênios e repasses do Fundo Estadual de Saúde (FES) pelo governador Wilson Lima, candidato à reeleição pelo União Brasil.
O grande volume de recursos faz parte do pacote de investimentos do governo estadual com a prefeitura de Manaus de R$ 580 milhões. Se fossem aplicados diretamente na rede estadual de saúde daria para construir mais de 500 Unidades de Terapia Intensivas (UTIs) na capital e nos 61 municípios do interior, desde 2019, quando Lima assumiu o governo.
Sem dar prioridade a saúde no Amazonas nos três anos e dez meses de mandato, o governador “liberou” grande parte dos recursos, ou seja, R$ 309 milhões, até o momento, para o Executivo para a criação do Passe Livre Estudantil e outros R$ 12,8 milhões para investimentos em áreas da Infraestrutura e Assistência Social, segundo propaganda da prefeitura de Manaus.
Além de lotados, os hospitais não estão mais realizando exames e cirurgias especializados, o que vem causando uma grande fila, de até quatro anos, de espera no Sistema de Regulação do Sistema Único de Saúde (Sisreg) no Amazonas. O motivo é a falta de novas unidades hospitalares na capital e no interior.
Outro fato grave narrado por pacientes e profissionais da saúde, principalmente no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) do bairro Alvorada, zona Centro-Oeste, são as constantes faltas de insumos nos hospitais e prontos-socorros, como gazes, esparadrapos e medicamentos, como o Tramau.
Da Redação