Manaus (AM) ─ O prefeito de Rio Preto da Eva, (distante 76 quilômetros de Manaus) Anderson Sousa (União Brasil), o cunhado dele e um de seus seguranças foram presos em flagrante pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (28/09), durante a Operação Emergência 192, pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e desacato a autoridade policial.
As armas foram encontradas na residência do prefeito, localizada no condomínio de luxo no bairro Ponta Negra, bairro Tarumã, zona Centro-Oeste de Manaus. Os presos e o material apreendido foram levados para a sede da PF no bairro Dom Pedro, também na zona Centro-Oeste. Anderson, o cunhado e o segurança foram liberados após assinarem Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
Prefeito de Rio Preto e também presidente da Associação Amazonense dos Municípios (AAM), Anderson Sousa é um dos principais aliados do governador Wilson Lima (União Brasil), com quem mantém relação política muito estreita. Ele é investigado pela PF por suspeita de desvios de recursos públicos da área da saúde no município.
No início deste mês, o político foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas à Justiça Federal da 1ª Região por suposta sonegação de contribuição previdenciária.
A denúncia é baseada em evidências levantadas pela Receita Federal Brasileira (RFB), que constatou que valores a respeito das remunerações de segurados e contribuintes não foram prestados contas no Guia de Informações da Previdência Social (GFIP), bem como diferenças de contribuição SAT (Seguro de Acidentes do Trabalho) e (RAT) Riscos Ambientais de Trabalho.
De acordo com o MPF/AM, Anderson teriam suprimido de R$ 77,2 mil a R$ 199,3 mil em remunerações dos servidores.
A Operação Emergência 192 mobilizou 25 policiais federais, que cumpriram cinco mandados de busca e apreensão em locais estratégicos identificados durante as investigações.
A investigação teve início a partir de denúncia sobre a eficácia terapêutica dos medicamentos adquiridos por meio de dispensa de licitação em uma loja com atividade no comércio varejista de materiais de construção. A PF apurou indícios de conluio, visto que as propostas apresentadas pelas empresas nas licitações continham similaridades textuais e erros ortográficos idênticos, o que sugere um acordo prévio para manipular o resultado dos processos licitatórios.
As medidas cautelares de busca e apreensão visam obter elementos que comprovem a prática dos crimes investigados, além de aprofundar a investigação sobre o destino dos recursos.
Da Redação